Com a pandemia, investir em tecnologia se tornou questão de sobrevivência para as escolas

Há um ano o modelo de ensino foi completamente transformado por causa da pandemia de Covid-19. Milhões de crianças em todo o mundo passaram a acompanhar as aulas de casa, pelo computador, tablet, celular e outros equipamentos. O ensino remoto, que até então só era permitido para os níveis superiores, passou a ser aceito para os estudantes da educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, como uma forma de manter o aprendizado e a conexão entre o estudante e a comunidade acadêmica.

A tela do computador tomou o lugar do quadro negro, a escrivaninha foi adaptada para se transformar em carteira escolar e o recreio se transformou num bate-papo virtual entre velhos conhecidos de pouca idade. A situação que, aparentemente, duraria apenas alguns poucos meses acabou se estendendo e as adaptações que provocou já são consideradas alguns dos legados da pandemia.

Frederico Stockchneider
Frederico Stockchneider

Por outro lado, esse cenário obrigou as instituições de ensino a se reinventarem às pressas para poder dar continuidade ao projeto educativo. O empresário Frederico Stockchneider, diretor de tecnologia na InfoWorker Tecnologia e Treinamento, analisa que, se inicialmente as coisas aconteceram de forma meio improvisada, sem que as escolas soubessem o cenário que estava por vir, agora já está mais do que claro que o investimento em novas plataformas é uma necessidade no mundo pós-pandemia. “O ensino híbrido já é uma realidade e ele veio para ficar. Mas quando se fala em tecnologia em sala de aula, há muito mais para ser explorado. Só que isso exige investimentos em infraestrutura e na qualificação das equipes”, pontua.

Stockchneider, que atua com a implantação de softwares de gestão e soluções da Microsoft para diversos tipos de empresas e segmentos, conta que a demanda no setor de educação cresceu 340% em 2020, no comparativo com o ano anterior. Ele destaca quatro grandes desafios nas escolas: falta de estrutura técnica (rede, computadores, wi-fi); capacitação profissional e tecnológica; desigualdades sociais mesmo nas instituições privadas de ensino e o preconceito no uso das novas tecnologias na educação.

O empresário alerta que não basta apenas investir em conectividade, plataformas e redes. É necessário investir na parte de segurança da informação para evitar que alunos e professores e toda a comunidade acadêmica sejam alvos de ataques hackers. “Além disso, é fundamental garantir a segurança dos dados armazenados pela instituição”, enfatiza.

Frederico Stockchneider
Frederico Stockchneider é empresário, diretor de tecnologia na InfoWorker Tecnologia e Treinamento. Graduado em Sistemas da Informação pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e MBA em Gestão Estratégica de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Responsável pela gestão e consultoria de projetos e soluções tecnológicas para diversos segmentos nas áreas pública e privada.

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